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Técnica adequada ajuda a superar insônia e dormir bem

A insônia aguda pode ser tratada através de sessões de terapia. É o que mostra estudo da Universidade de Northumbria, na Inglaterra. A pesquisa reuniu 40 pessoas, em dois grupos. Metade recebeu o tratamento e, desses, 73% indicaram melhoras no sono depois de três meses de terapia.

A neurologista Andrea Bacelar, especialista em distúrbios do sono, explica que a insônia pode ser crônica ou aguda. A primeira acontece quando há queixa para iniciar ou manter o sono, e o problema é registrado três vezes por semana por pelo menos três meses. A aguda é quando ocorre por menos de três meses.

Segundo Andrea, a terapia cognitiva comportamental é o principal método indicado para o tratamento. Mas, geralmente, é mais usada contra a insônia crônica.

Andrea afirma que a técnica já é usada no Brasil também para tratar a insônia aguda, mas somente em casos de transtornos de estresse pós­traumático. Eles aparecem quando a pessoa fica traumatizada após ser submetida ou presenciar eventos violentos — como um assalto com pessoas feridas, por exemplo — e isso afeta seu sono. “A terapia vai ressituar a pessoa”, destaca.

O tratamento é feito em oito sessões de uma hora, uma vez por semana. “Ela tem um foco. O especialista vai intervir em situações que atrapalham o sono. Tem que mudar aquele comportamento”, explica Andrea.

Uma das atividades recomendadas é adotar um diário do sono. Nele, o paciente deve registrar o horário em que deita e o em que se levanta. Outra medida é determinar que a pessoa só pode deitar na cama para dormir, excluindo outras atividades. Também são usadas técnicas de relaxamento e de reestruturação cognitiva (mudanças no pensamento).

A neurologista conta que é raro pacientes se queixarem da insônia aguda porque, geralmente, acham que ela desaparecerá. Isso acontece porque, na maior parte dos casos, a dificuldade no sono é causada por problemas emocionais ou cotidianos. Entre os mais comuns, estão a falta de dinheiro, problemas sentimentais e doença na família.

Se essas situações específicas estão sendo resolvidas, a ajuda médica não é necessária. Caso contrário, a recomendação é procurar um especialista. “Quando a gente não sabe o que gera esse problema, a busca ao médico deve ser imediata”, recomenda Andrea Bacelar.

Para evitar problemas no sono, a neurologista recomenda horários certos para dormir, evitar claridade excessiva ou trabalhar em turnos. Fazer atividades físicas também ajuda, mas até quatro horas antes de deitar.

 

20/07/2015
Responsável Técnico: Dr. Fabio Daniel Mendes | CRM: 13047