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Estudo identifica cerca de 9 mil espécies de micróbios na poeira doméstica

Entre as espécies, os pesquisadores identificaram 2 mil tipos de fungos e 7 mil variações de bactérias. Os cientistas afirmam que os tipos de micróbios encontrados variam de acordo com a localização da casa, quem vive nela e se existem animais ou não. A pesquisa analisou a poeira doméstica de 1.200 famílias americanas.

“Já sabíamos há muito tempo que micróbios viviam em nossas casas. O que estamos fazendo agora é uma ciência à moda antiga para ver como eles se diversificam no espaço”, afirmou Noah Fierer, professor de ecologia e biologia evolutiva que coordena o estudo.

As famílias voluntárias enviaram aos pesquisadores uma amostra da poeira doméstica depositada na borda das portas, local que, segundo os pesquisadores, é geralmente esquecido durante a limpeza. Entre os fungos, foram encontradas exemplares de Aspergillus, Penicillium (família de fungos que dá origem à penicilina), Alternaria e Fusarium. Segundo os cientistas, o que dita que fungo serão encontrados é o local onde a casa está.

“A maioria dos fungos que identificamos na casa aparentam ser provenientes de fora. Eles entram na casa por meio de nossas roupas ou através de portas e janelas abertas”, explicou Fierer.

Entre as bactérias, os pesquisadores encontraram Staphylococcus e Streptococcus que são comumente associadas à pele humana. Além disso, foram identificadas Bacteroides e Faecalibacterium, gêneros encontrados normalmente nas fezes. Neste caso, a variação dos tipos encontrados está relacionada àqueles que vivem na casa.

“Encontramos bactérias diferentes em casas que tinham mulheres ou aquelas que onde viviam somente homens. Alguns tipos de bactérias são mais comuns nos corpos de mulheres que de homens e podemos ver essa influência na poeira doméstica”, afirmou o pesquisador.

Além disso, a presença de animais também impacta na composição da poeira das casas. De acordo com a pesquisa, ter um cão ou um gato é o fator principal de influência, mais que onde a casa está localizada.

A próxima fase do estudo é identificar o que pode ser feito para que a convivência doméstica com esses microorganismos não afete a saúde humana. O pesquisador chama atenção, no entanto, para o fato de que muitos micróbios são inofensivos e outros podem, inclusive, gerar benefícios à saúde.

“É apenas um fato da vida estarmos rodeados por micróbios”, finaliza.

 

 

28/08/2015
Responsável Técnico: Dr. Fabio Daniel Mendes | CRM: 13047